O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi detido nesta manhã de quinta-feira (8) por agentes da Polícia Federal durante a operação Tempus Veritatis, que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus principais aliados. A detenção se deu após a descoberta de uma arma supostamente ilegal em um endereço vinculado a Valdemar.
Costa Neto foi encontrado pelos agentes da Polícia Federal em seu apartamento no centro de Brasília. Embora não fosse alvo de mandados de prisão na operação, ele foi detido devido à descoberta da referida arma de fogo, cuja legalidade ainda não foi esclarecida. O advogado Marcelo Bessa, conhecido por já ter representado Bolsonaro em processos legais, compareceu à residência do presidente do PL para prestar assistência jurídica. Ainda não há confirmação se Costa Neto será levado para prestar depoimento nas dependências da Polícia Federal.
As ações da Polícia Federal foram realizadas inicialmente em endereços ligados a Costa Neto para cumprir mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O ministro alega em sua decisão que a estrutura do Partido Liberal teria sido utilizada para financiar iniciativas destinadas a sustentar narrativas sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas, com o intuito de legitimar manifestações realizadas em frente a instalações militares.
Além de Valdemar, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras figuras importantes estão na mira da Operação: Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; -General Augusto Heleno; Marcelo Câmara, coronel do Exército (foi preso); Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército; Braga Netto, ex- ministro da defesa; General Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército; General Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira; Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro; Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro. (foi preso); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.