O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a elevar a retórica contra a Venezuela nesta terça-feira (2/12), ao afirmar, durante reunião com seu gabinete, que ataques por terra podem ocorrer “muito em breve”. O discurso veio acompanhado de novas acusações ao governo de Nicolás Maduro, que o republicano volta a associar ao que chama de “narcoterrorismo” na região.
Segundo Trump, os EUA já estariam realizando esforços significativos no combate aos cartéis latino-americanos, mas novas ações estariam prestes a começar. “E vamos fazer por terra também. Vamos atacar muito em breve. Quando isso começar, os números vão cair drasticamente”, afirmou, ao relacionar a ofensiva ao combate às drogas.
O presidente norte-americano apontou a Venezuela como alvo central. “A Venezuela tem sido realmente horrível. Mas outros países também. Mandam traficantes, assassinos, narcoterroristas para cá. Estamos tirando isso”, declarou.
As falas ocorrem em meio a uma série de movimentações militares e diplomáticas lideradas por Washington, que têm aumentado a pressão sobre o governo de Maduro. Os Estados Unidos acusam o presidente venezuelano de liderar o chamado Cartel de los Soles, classificado como organização terrorista internacional.
Com essa designação, o governo norte-americano amplia sua margem legal para operações militares fora do país. Nas últimas semanas, houve intensificação de atividades militares no Caribe e em áreas estratégicas da América Latina, sob a justificativa de combate ao narcotráfico. Especialistas, no entanto, demonstram preocupação com o uso desse discurso como possível pretexto para uma ação direta contra Caracas.
Trump já havia sinalizado essa possibilidade em discurso recente a militares, quando antecipou ofensivas terrestres contra o tráfico “em breve”. Ele também não descartou ataques em outros países, caso suspeitos sejam ligados ao fornecimento de drogas ao mercado norte-americano. “Qualquer pessoa que esteja fazendo isso está sujeita a ataques”, afirmou.





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