A líder opositora venezuelana María Corina Machado foi anunciada vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025 pelo Comitê Norueguês do Nobel. O prêmio reconhece sua atuação na defesa dos direitos democráticos e na luta pacífica por uma transição política na Venezuela, país marcado por repressão e crises institucionais sob o governo de Nicolás Maduro.
Engenheira industrial formada em Caracas, Machado, de 58 anos, iniciou sua trajetória social na Fundação Atenea, voltada a crianças de rua, e mais tarde fundou a organização Súmate, que promove eleições livres. Eleita deputada em 2010, foi expulsa da Assembleia Nacional em 2014 e tornou-se uma das principais lideranças da oposição.
Em 2023, venceu as primárias da oposição, mas foi impedida de disputar as eleições presidenciais de 2024. Mesmo sob ameaças, continuou no país e apoiou o candidato Edmundo González, mantendo papel de destaque na resistência política.
Em reação ao Nobel, Nicolás Maduro rompeu o silêncio e passou a atacá-la com ofensas pessoais, chamando-a de “bruxa demoníaca”, termo que costuma usar para se referir à opositora, embora não tenha mencionado diretamente o prêmio em seus discursos. Para Machado, a honraria representa o reconhecimento do povo venezuelano: segundo ela, “o prêmio é do povo da Venezuela” e “não há paz sem liberdade”.
A cerimônia de entrega ocorrerá em 10 de dezembro de 2025, em Oslo. Analistas internacionais veem a escolha como um gesto de apoio global à oposição e uma pressão simbólica sobre o regime de Maduro, que é acusado de repressão política, fraudes eleitorais e violações de direitos humanos.
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