A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga fraudes e irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou, neste domingo (22), a prisão em flagrante de Rubens Oliveira, sócio do empresário conhecido como “Careca do INSS”. A medida foi tomada após parlamentares acusarem Oliveira de ocultar documentos relevantes e de prestar falso testemunho durante o depoimento.
A decisão foi confirmada pelo presidente da CPI, que acionou o Departamento de Polícia Legislativa (Depol). Oliveira deixou a sala da comissão sob escolta policial e foi conduzido para prestar esclarecimentos adicionais. Segundo os congressistas, a conduta do depoente configurou obstrução aos trabalhos parlamentares, além de tentativa de dificultar a apuração sobre supostos esquemas de corrupção ligados à concessão de benefícios previdenciários.
Durante a sessão, parlamentares afirmaram que Oliveira apresentou informações contraditórias em relação a documentos obtidos previamente pela comissão. Havia expectativa de que sua participação pudesse esclarecer movimentações financeiras de empresas ligadas ao grupo do “Careca do INSS”, apontado como peça central no esquema investigado.
A prisão reforçou o clima de tensão dentro da CPI, que tem concentrado esforços em desarticular uma rede de fraudes que movimentaria milhões de reais. Parlamentares sustentam que o caso representa não apenas um ataque aos cofres públicos, mas também um golpe contra segurados que dependem dos benefícios previdenciários.
O Depol deve encaminhar Oliveira à Polícia Federal, que avaliará os próximos passos em conjunto com o Ministério Público. Enquanto isso, a CPI segue colhendo depoimentos e reunindo provas, com a expectativa de entregar seu relatório final ainda este ano.