O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS solicitou a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, filho do presidente da República, para prestar esclarecimentos no colegiado que apura fraudes em benefícios previdenciários.
O requerimento foi apresentado pelo deputado federal Alfredo Gaspar, do União Brasil de Alagoas, responsável pela relatoria da comissão. Segundo o parlamentar, o pedido se baseia em informações obtidas a partir de investigações conduzidas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Sem Desconto.
A operação investiga um esquema de descontos considerados irregulares aplicados sobre benefícios do INSS, envolvendo entidades associativas, intermediários e possíveis agentes públicos. O valor total do prejuízo ainda está sendo apurado pelas autoridades.
De acordo com o relator, documentos e mensagens analisados durante a investigação mencionam pessoas próximas a investigados, o que, na avaliação dele, justifica a necessidade de novos esclarecimentos. Alfredo Gaspar afirma que o objetivo da convocação é ouvir todos os nomes citados nos autos, independentemente de vínculos políticos ou familiares, para verificar eventual participação ou conhecimento sobre o esquema.
A convocação de Lulinha não é inédita no âmbito da CPMI. Em dezembro, um requerimento semelhante foi submetido à votação, mas acabou rejeitado pela maioria dos membros da comissão. Na ocasião, parlamentares aliados ao governo sustentaram que não havia elementos suficientes para justificar a oitiva e defenderam que o foco dos trabalhos permanecesse nos responsáveis diretos pelas fraudes contra aposentados e pensionistas.
A reapresentação do pedido ocorre em meio à intensificação das atividades da CPMI, que já aprovou convocações, quebras de sigilo e solicitações de informações a órgãos federais. Formada por deputados e senadores, a comissão tem prazo definido para concluir as investigações e apresentar o relatório final.
O novo requerimento ainda será analisado e votado pelos integrantes da CPMI do INSS. Se aprovado, a data do depoimento será definida pela presidência da comissão. Caso seja rejeitado novamente, o tema tende a permanecer como ponto de embate político entre governistas e oposição no colegiado.





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