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Brasil

Radares federais são desativados após corte orçamentário do governo Lula de 88% em 2025

Trechos concedidos à iniciativa privada permanecem com radares; 47 mil km ficarão sem fiscalização.

Redação Pedra Azul News

18/08/2025 - 00:00:00 | Atualizada em 18/08/2025 - 17:22:48

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Desde 1º de agosto de 2025, os radares eletrônicos de velocidade em rodovias federais foram desativados após um corte de 88% no orçamento do Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV). O programa previa R$ 364,1 milhões, mas a Lei Orçamentária liberou apenas R$ 43,3 milhões. Mesmo com complementações, os recursos chegaram a R$ 79,6 milhões, insuficientes para manter os contratos de operação.

Com isso, a fiscalização eletrônica foi suspensa em cerca de 47 mil quilômetros de rodovias sob gestão do DNIT. A vigilância por radares permanece apenas nos trechos concedidos à iniciativa privada, onde as concessionárias são responsáveis pela manutenção.
Especialistas em segurança no trânsito alertam que a medida aumenta os riscos de acidentes fatais. Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam o excesso de velocidade como um dos principais fatores de mortes nas estradas. A ausência dos radares também compromete as metas do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que busca diminuir em 50% as fatalidades até 2030.
A Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Tráfego (Abeetrans) estuda acionar a Justiça para restabelecer a fiscalização, destacando que a lacuna na vigilância eletrônica tem impacto direto na segurança e nos custos socioeconômicos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconheceu que o uso de radares é uma das estratégias mais eficazes para reduzir acidentes graves e mortes nas rodovias.

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