Na noite de terça-feira (21), o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reverteu sua decisão anterior de rejeitar uma pausa nos combates, anunciando um cessar-fogo de quatro dias. A medida visa facilitar a libertação de 50 reféns, incluindo 50 mulheres e crianças israelenses menores de 19 anos, atualmente nas mãos dos terroristas do Hamas.
Em contrapartida, Israel concordou em libertar 150 palestinos vinculados ao Hamas, com prioridade para mulheres e menores de idade não condenados por assassinatos. O acordo abrange a entrada de centenas de caminhões de ajuda humanitária, médica e combustível em todas as áreas da Faixa de Gaza.
Netanyahu destacou, durante sua declaração, que "a guerra não terminou" e que os ataques podem ser retomados após a libertação dos reféns. Entretanto, o acordo contempla a possibilidade de estender a trégua, com algumas fontes mencionando uma cláusula que adiciona 24 horas ao cessar-fogo para cada grupo de 10 novos reféns libertados.
De acordo com a mídia israelense, a trégua e a libertação dos reféns podem iniciar já nesta quinta-feira (23), a menos que haja contestação do acordo no Supremo Tribunal de Israel. Netanyahu advertiu que a guerra contra o Hamas em Gaza continuará após a paralisação, com objetivos que incluem a eliminação do grupo terrorista que governa o enclave palestino, a libertação de todos os reféns e a garantia de que não haja mais ameaças de Gaza à segurança de Israel.
O acordo representa a primeira pausa contínua na ofensiva israelense desde o início do conflito no Oriente Médio.