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Política

Haddad responsabiliza Bolsonaro por queda na arrecadação e defende aumento de impostos

Ministro diz que governo anterior abriu mão de receitas e causou desequilíbrio fiscal.

Redação Pedra Azul News

10/10/2025 - 00:00:00 | Atualizada em 10/10/2025 - 10:58:18

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta semana que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro “deixou de cobrar impostos como deveria”, o que, segundo ele, justifica parte das atuais medidas de aumento da carga tributária. Haddad alega que o país teria deixado de arrecadar cerca de R$ 4,8 bilhões devido a políticas de desoneração adotadas entre 2019 e 2022.

Durante o governo Bolsonaro, foram implementadas reduções significativas de tributos, como o corte linear do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), inicialmente em 25%, ampliado para 35%, e a isenção do PIS/Cofins sobre combustíveis. Essas medidas, de acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), resultaram na menor carga tributária federal desde 2014.

Haddad afirmou que a atual gestão busca recompor a arrecadação e corrigir distorções, inclusive por meio da taxação de setores que antes tinham pouca ou nenhuma tributação, como o das apostas eletrônicas. Segundo o ministro, o objetivo é restabelecer o equilíbrio fiscal e garantir recursos para investimentos públicos.

As declarações, no entanto, geraram críticas de economistas e parlamentares da oposição, que veem na fala do ministro uma tentativa de transferir responsabilidades e preparar terreno para novos aumentos de impostos. Especialistas também argumentam que a carga tributária brasileira já é uma das mais elevadas do mundo, concentrada sobre o consumo e não sobre a renda, o que penaliza a população de menor poder aquisitivo.

Analistas apontam que, embora as desonerações do governo anterior tenham reduzido a arrecadação, elas também buscaram aliviar o impacto da pandemia e da inflação sobre o preço dos combustíveis e produtos básicos. A polêmica reacende o debate sobre a necessidade de uma reforma tributária mais justa, que reduza desigualdades e simplifique o sistema sem onerar ainda mais o contribuinte.


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