Uma proposta da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, está revoltando produtores rurais de todo o país. O plano prevê reclassificar como “espécies exóticas e invasoras” cultivos e criações essenciais à economia nacional — entre eles, a tilápia, a manga (Mangifera indica), a jaca (Artocarpus heterophyllus), a goiaba (Psidium guajava), o pinus (Pinus spp.), o eucalipto (Eucalyptus spp.), o camarão-vannamei (Litopenaeus vannamei) e até a braquiária (Brachiaria spp.), base da pecuária brasileira.
Se aprovada, a medida pode inviabilizar setores inteiros. A tilápia, por exemplo, tem 70% da produção concentrada no Paraná e sustenta milhares de famílias. O eucalipto e o pinus respondem por quase 90% da madeira processada no país e são pilares das indústrias de papel, celulose e móveis. A manga, sozinha, movimentou R$ 2,5 bilhões em 2024 e colocou o Brasil entre os maiores exportadores do mundo.
A proposta, conduzida pelo ICMBio e pela Secretaria Nacional da Biodiversidade, ignora completamente os impactos sociais e econômicos. Nem o Ministério da Agricultura nem o da Pesca foram consultados — um desrespeito à lei que exige integração entre políticas públicas.
Caso a tilápia seja rotulada como invasora, a Portaria nº 145-N/1998 do Ibama poderá ser usada para proibir sua criação em todo o território nacional. Uma decisão que ameaça empregos, exportações e o abastecimento interno.
Produtores, cooperativas e a Frente Parlamentar da Agropecuária já se mobilizam para barrar o que chamam de “sanha ideológica” contra o campo. O tema será votado em 8 de dezembro, e o setor espera que a razão fale mais alto do que o radicalismo ambiental.
Defender quem produz é defender o Brasil.
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