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Em menos de uma semana, a GloboNews desligou duas jornalistas de destaque: Daniela Lima e Eliane Cantanhêde. As demissões fazem parte de um processo de reestruturação interna anunciado pela emissora, mas levantaram críticas e discussões nos bastidores do jornalismo e nas redes sociais.
Daniela Lima foi demitida em 4 de agosto, poucas horas antes de entrar ao vivo no Conexão GloboNews. Em suas redes sociais, afirmou sair com a “sensação de missão cumprida” e pronta para novos desafios. Já Eliane Cantanhêde deixou a emissora em 1º de agosto, após 15 anos, afirmando estar “cansada de apanhar na internet”, em referência a críticas constantes em plataformas digitais.
A emissora declarou que os desligamentos fazem parte de um “movimento permanente de renovação”, voltado à atualização da grade, dos perfis profissionais e da linguagem jornalística. No entanto, críticos apontam outros fatores.
Entre os motivos apontados por analistas e bastidores, estão possíveis cortes de custos, já que ambas tinham contratos antigos e altos salários, e o desejo da emissora de renovar sua imagem com nomes mais jovens e maior presença digital.
Também há quem veja nas demissões uma resposta indireta a pressões ideológicas externas, especialmente diante da postura incisiva de Daniela Lima, que frequentemente confrontava fontes e políticos no ar.
Além delas, o comentarista Mauro Paulino também foi desligado no mesmo período. A saída dos três reforça o sinal de mudanças estruturais no canal, que se prepara para completar 30 anos em 2026.
Outro fator que pressiona a emissora é a queda de audiência. Com a transformação dos hábitos de consumo de informação, que hoje migra fortemente para plataformas digitais, o canal enfrenta um de seus piores momentos.
Segundo dados do Kantar Ibope divulgados pelo Teleguiado, a GloboNews perdeu 38% da audiência em apenas um mês, chegando a registrar índices considerados “traço” — expressão usada na TV para números tão baixos que quase não são computados.
