Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) em parceria com o instituto MDA revelou um aumento significativo na desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pela primeira vez neste terceiro mandato, a rejeição superou a aprovação: 44% avaliam a gestão negativamente, enquanto 29% a consideram positiva. Outros 26% classificam como regular.
O levantamento, realizado entre 19 e 23 de fevereiro com 2.002 entrevistados, apresenta uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Em comparação com a pesquisa de novembro de 2024, quando a desaprovação era de 31% e a aprovação de 35%, a queda na popularidade é evidente.
Os dados mostram um aumento na percepção negativa do governo: 32% dos entrevistados classificam a gestão como péssima, enquanto apenas 9,3% a avaliam como ótima. A comparação com governos anteriores também destaca a diferença. No segundo ano do mandato de Jair Bolsonaro (PL), a reprovação era 8 pontos percentuais menor. Já em seus mandatos anteriores, Lula teve índices superiores de aprovação: 42% em 2005 e 62% em 2009.
Diante desse cenário, o governo busca reagir. Recentemente, a Secretaria de Comunicação passou a ser comandada pelo publicitário Sidônio Palmeira, que tem adotado um tom mais combativo contra a oposição e intensificado a presença de Lula na mídia. O presidente tem concedido mais entrevistas e realizado pronunciamentos nacionais, como o recente anúncio sobre o programa Pé de Meia e a ampliação do Farmácia Popular.
A estratégia de comunicação mais frequente, no entanto, já é alvo de críticas da oposição e de setores da imprensa, que enxergam um possível movimento antecipado para as eleições de 2026, apesar de o presidente negar planos de reeleição no momento.