Na semana passada, o Brasil viu uma de suas maiores instituições financeiras envolvida em um escândalo: a demissão do então presidente, Pedro Guimarães, após uma série de denúncias de assédio sexual.
Intimidações, medo, pressão e silêncio são palavras recorrentes nos relatos de funcionárias do banco sobre o comportamento abusivo do ex-presidente. A primeira denúncia chegou ao Ministério Público Federal (MPF) de forma anônima.
Após a primeira denúncia, o procurador do caso, intimou testemunhas e vítimas para depor. A situação se tornou maior do que parecia e, na quarta-feira (29/06), Guimarães pediu demissão.
Brincadeiras indevidas, assédios durante viagens a trabalho, convites indecorosos, gritos, ameaças, beijos e abraços inapropriados foram relatados por funcionárias que, por medo, viviam em silêncio. E ontem, segundo informações do G1, chegava a 10 o número de denúncias de assédio.
O Tribunal de Contas da União (TCU) também abriu apuração, principalmente, pelo fato de casos como este, trazerem incertezas para a sociedade no que diz respeitos às instituições estatais.
O TCU vai avaliar, inclusive, mecanismos de prevenção de combate ao assédio. “Todo esse quadro evidencia a necessidade de as organizações possuírem sistemas eficazes de prevenção e combate ao assédio (...). Esse episódio recente, que merece ser investigado e, se confirmado, punido com todo rigor, é apenas um sintoma grave de um problema muito maior, que é a ausência de políticas eficazes de prevenção e combate ao assédio nas organizações públicas. E, se formos tratar a situação apenas com olhar punitivo, isso não resolverá o futuro, apenas o passado”, alerta a presidente do TCU, Ana Arraes, em comunicado feito na Sessão Plenária da última quarta-feira e publicado em portal.tcu.gov.br.