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Mundo

China proíbe atividades religiosas online, amplia controle sobre a fé e recebe críticas globais

Novas regras vetam cultos digitais, uso de IA e evangelização de jovens na internet.

Redação Pedra Azul News

29/09/2025 - 00:00:00 | Atualizada em 29/09/2025 - 12:11:44

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O governo da China anunciou novas restrições ao exercício religioso em plataformas digitais, ampliando o controle estatal sobre igrejas e líderes espirituais. As normas, publicadas em 15 de setembro pela Administração Nacional de Assuntos Religiosos, proíbem a realização de cultos, transmissões ao vivo, vídeos curtos, encontros virtuais e postagens em grupos ou “momentos” do WeChat, principal rede social do país.

De acordo com o regulamento, apenas entidades religiosas reconhecidas oficialmente e com licença específica poderão ministrar conteúdos online. Também ficam vetadas práticas como meditação, retiros espirituais ou atividades terapêuticas com caráter religioso em formato virtual. O texto impede ainda a arrecadação de recursos, a venda de produtos e o uso de inteligência artificial para disseminação de mensagens de fé.

A legislação estabelece que líderes religiosos não podem criticar o Partido Comunista Chinês, devendo expressar apoio às diretrizes socialistas. Evangelizar menores de idade ou organizar eventos digitais voltados a jovens também passa a ser proibido. Quem desrespeitar as regras poderá ter contas suspensas, credenciais cassadas e até ser alvo de processos criminais.

As medidas seguem um histórico de controle crescente da religião no país, iniciado nos anos 2000. Em 2022, Pequim já havia proibido serviços religiosos na internet sem autorização oficial.

O endurecimento também repercute em outras tradições espirituais. Na última terça-feira (16), especialistas da ONU denunciaram a intervenção do governo chinês na sucessão do Dalai Lama e exigiram explicações sobre o desaparecimento do Panchen Lama, há 30 anos. O grupo alertou que normas que dão ao Estado poder de aprovar ou vetar reencarnações de líderes budistas violam tratados internacionais de liberdade religiosa.

Organizações de direitos humanos reforçam que a China promove abusos sistemáticos contra comunidades religiosas e minorias étnicas, como os uigures muçulmanos de Xinjiang, ampliando as críticas internacionais às novas regras.

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