Na quarta-feira (13), véspera do recesso parlamentar, a Câmara dos Estados Unidos, liderada por uma pequena maioria da oposição republicana, aprovou de maneira definitiva a formalização da investigação de impeachment contra o presidente Joe Biden. O placar registrou 221 votos favoráveis e 212 contrários.
Os republicanos iniciaram a investigação em setembro, mas somente agora a submeteram a votação em plenário. Este passo, agora oficializado, permite que exijam a colaboração do presidente, de sua comitiva e da Casa Branca.
A acusação contra Biden envolve o uso de sua influência ao longo de sua carreira política para favorecer os negócios no exterior de membros da família, com destaque para seu filho Hunter Biden.
De acordo com o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, a família Biden teria recebido mais de US$ 15 milhões de empresas e governos de Ucrânia, Rússia, Cazaquistão, Romênia e China entre 2014 e 2019, enquanto seus parceiros teriam obtido outros US$ 9 milhões.
Biden também é acusado de se reunir pelo menos 22 vezes com sócios estrangeiros de seu filho.
Caso a investigação resulte em acusações, os republicanos precisarão redigir artigos de impeachment, sujeitos a nova votação na Câmara dos Deputados.
Se aprovados por maioria simples, o processo segue para o Senado, onde a destituição de Biden só ocorrerá se dois terços dos votos forem favoráveis ao impeachment. Esse cenário é desafiador, dado que os democratas possuem uma pequena maioria na casa.
Hunter Biden, mais cedo, desconsiderou uma intimação republicana na Câmara, recusando-se a depor a portas fechadas sobre seus negócios no exterior.
"Não há provas que apoiem as alegações de envolvimento financeiro do meu pai nos meus negócios, porque isso não aconteceu", afirmou Hunter Biden, conforme a agência Reuters.
Parlamentares republicanos afirmaram que tomarão medidas para processar o filho do presidente por desacato ao Congresso.
Fonte: Agência EFE