Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) assumiram a liderança política e administrativa do governo. Lula se recupera de uma cirurgia para drenar um hematoma na cabeça, realizada na madrugada de terça-feira (10).
Enquanto os médicos descartaram a necessidade de um afastamento formal, recomendaram repouso e limitaram a carga de trabalho do presidente. Em sua ausência, Haddad e Costa intensificaram as negociações no Congresso para aprovar o pacote fiscal e avançar com a reforma tributária.
Além disso, Haddad assinou uma portaria liberando o pagamento de emendas parlamentares bloqueadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A medida atende a uma demanda de parlamentares e foi um dos pontos negociados para a retomada das votações no Legislativo.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, por sua vez, retornou a Brasília para cumprir compromissos oficiais, incluindo a recepção ao primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico. Porém, ao recebê-lo, Alckmin cometeu uma gafe e trocou o nome do país por Iugoslávia.
"O presidente Lula me pediu que transmitisse um afetuoso abraço, que compartilhasse sua alegria de recebermos, pela primeira vez, o primeiro-ministro da Iugoslávia no Brasil", declarou Alckmin.
Ele também assumiu o comando das articulações no Palácio do Planalto, enquanto eventos com a participação de Lula, como a entrega do Selo Nacional de Compromisso com a Alfabetização, foram adiados.
Embora o governo mantenha as atividades em ritmo intenso, a ausência de Lula reacendeu discussões sobre sua sucessão e o papel de Haddad como possível herdeiro político. Ainda assim, o PT segue apostando na candidatura de Lula à reeleição em 2026.