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Economia

Treze Estados possuem mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores de carteira assinada

Dependência do Programa aumenta em meio a mudanças econômicas, revelam dados divulgados.

Redação Pedra Azul News

03/04/2024 - 00:00:00 | Atualizada em 03/04/2024 - 08:36:24

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Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), treze Estados brasileiros apresentam um cenário alarmante: há mais pessoas recebendo o Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada.

Antes da pandemia, oito Estados enfrentavam essa realidade, número que aumentou para dez em 2020 e para doze em 2022, com a implementação do Auxílio Brasil. Em 2023 e mantendo-se em 2024, treze Estados continuam nessa situação preocupante, afetando todas as unidades da região Nordeste e quatro do Norte do país.

O Estado do Maranhão é um dos mais afetados, com 641 mil empregos formais e cerca de 1 milhão de famílias maranhenses recebendo o Bolsa Família. Proporcionalmente, são dois habitantes recebendo o benefício para cada empregado com carteira assinada.

Em contrapartida, Santa Catarina se destaca como o Estado com a menor proporção, apresentando 10 trabalhadores no mercado formal para cada beneficiário do Bolsa Família.

No entanto, houve uma redução geral na proporção no último ano, com 25 Estados registrando uma diminuição no número de beneficiários em relação aos trabalhadores com carteira assinada. As únicas exceções foram o Distrito Federal e Santa Catarina, onde a proporção já era baixa.

Quanto ao crescimento do programa, em janeiro de 2020 o Brasil contava com 39,6 milhões de trabalhadores formais e 13,2 milhões de beneficiários do Bolsa Família. Esse número aumentou para 14,5 milhões em dezembro de 2021 e, em 2022, ano eleitoral, chegou a 21,6 milhões, com rápida expansão de 49% no número de famílias beneficiárias.

Além disso, o valor do benefício teve um aumento temporário em 2022, alcançando R$ 600, tornando-se permanente posteriormente. Em 2023, uma nova expansão elevou o valor médio para R$ 680.

Em janeiro de 2023, para cada 2 empregos com carteira assinada, havia 1 beneficiário do Bolsa Família, evidenciando um quadro preocupante de desequilíbrio social.

Treze Estados possuem mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores de carteira assinada
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