O salário mínimo nacional passará a ser R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026, um aumento de R$ 103 em relação aos atuais R$ 1.518. O valor ainda precisa ser oficializado por decreto presidencial, mas já está definido pelo governo após a divulgação do INPC.
O novo mínimo ficou abaixo do previsto no Orçamento (R$ 1.631) e da estimativa do governo no fim de novembro (R$ 1.627). O valor do salário mínimo impacta diretamente benefícios como aposentadorias do INSS, PIS/Pasep e seguro-desemprego. A partir de fevereiro, trabalhadores que recebem o piso e benefícios atrelados a ele, como BPC, seguro-desemprego e aposentadorias, já sentirão o reajuste no bolso.
O salário mínimo é a menor remuneração legal do país e deve, por Constituição, ser corrigido ao menos pela inflação para garantir o poder de compra.
A regra atual soma dois fatores: inflação do INPC acumulada até novembro (4,18%) e ganho real limitado pelo arcabouço fiscal, que estabelece teto de 2,5%. O PIB de 2024 cresceu 3,4%, mas pelo limite, o aumento real ficou em 2,5%, resultando nos R$ 1.621.
Mais de 59,9 milhões de pessoas têm renda ou benefícios vinculados ao salário mínimo, segundo o Dieese. Por isso, cada R$ 1 de aumento gera impacto de cerca de R$ 420 milhões nas contas públicas. O reajuste de R$ 103 deve elevar as despesas obrigatórias em cerca de R$ 43 bilhões em 2026.
O governo deverá revisar suas projeções para o próximo ano, já que a LDO previa um valor maior. Ainda assim, o novo mínimo representa aumento de 6,79% e influencia diretamente benefícios como aposentadorias, PIS/Pasep e seguro-desemprego.





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