O setor financeiro brasileiro registrou forte queda nesta terça-feira (19), com perdas estimadas em R$ 41 bilhões em valor de mercado, após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que suspendeu a aplicação da Lei Magnitsky no Brasil. Em uma sessão de forte apreensão, as ações dos principais bancos listados na bolsa caíram entre 3% e 4%.
A Lei Magnitsky, adotada por diversos países, permite a imposição de sanções contra indivíduos e entidades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos e corrupção. No Brasil, vinha sendo usada como base para restrições financeiras a pessoas e empresas ligadas a investigações internacionais.
O despacho de Dino interrompeu os efeitos práticos da lei, o que impactou diretamente a percepção de investidores. As principais instituições financeiras listadas na B3 tiveram recuo significativo em seus papéis. Analistas do mercado atribuíram a desvalorização à insegurança jurídica gerada pela decisão.
Entre os bancos mais afetados estiveram Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil, que lideraram as perdas. A queda também refletiu no índice Ibovespa, que encerrou o pregão em baixa, acompanhando a pressão sobre o setor.
Essa tensão reflete o delicado equilíbrio que os bancos brasileiros precisam navegar: atender à legislação nacional sem alienar agentes financeiros globais que operam sob jurisdição dos EUA.