Peritos da Aeronáutica iniciaram nesta terça-feira (13) a análise dos motores do avião da Voepass que caiu na última sexta-feira (9) em Vinhedo, no interior de São Paulo. A investigação busca esclarecer as causas do acidente, com ênfase no histórico de manutenção da aeronave.
Até o momento, 35 das 62 vítimas fatais foram identificadas pela força-tarefa do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo. Destas, 17 corpos já foram liberados para os familiares, enquanto os demais aguardam a finalização da documentação necessária para liberação. A Superintendência da Polícia Técnico-Científica confirmou que todas as vítimas faleceram devido a politraumatismos.
O processo de reconhecimento, que inclui técnicas como identificação por digitais, exames odontológicos, radiografias e tatuagens, ainda não tem previsão de conclusão. Os familiares das vítimas já identificadas começaram os preparativos para as cerimônias de despedida em suas respectivas cidades.
O voo 2283, que partiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, não teve sobreviventes. A bordo estavam 58 passageiros e quatro tripulantes. A aeronave caiu sobre duas residências no Condomínio Recanto Florido, no bairro Capela, em Vinhedo. Felizmente, não houve vítimas entre os moradores ou outras pessoas em solo.
Além da Aeronáutica, a Polícia Federal e a Polícia Civil conduzem investigações independentes para apurar as causas e responsabilidades pelo acidente. O Ministério Público (MP) acompanha de perto os desdobramentos do caso. Em comunicado oficial, a companhia aérea Voepass declarou que a aeronave estava em plenas condições de voo, sem quaisquer restrições.
Especialistas consultados pela reportagem sugerem que uma possível formação de gelo nas asas durante o voo pode ter causado a instabilidade que resultou na queda. As investigações prosseguem para confirmar essa e outras hipóteses.