imagem da noticia
camera

Ministro Dias Toffoli, Foto: Nelson Jr./ STF | doleiro Alberto Youssef, Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

PUBLICIDADE

seta amarela

Brasil

Ministro do Supremo Dias Toffoli anula atos da Lava Jato contra o doleiro Alberto Youssef

Assim, ficam invalidadas todas as determinações de Sérgio Moro no processo da Lava Jato.

Redação Pedra Azul News

15/07/2025 - 00:00:00 | Atualizada em 15/07/2025 - 20:24:45

camera

Ministro Dias Toffoli, Foto: Nelson Jr./ STF | doleiro Alberto Youssef, Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-advogado do PT e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, anulou todos os atos da Operação Lava Jato relacionados ao doleiro Alberto Youssef. A decisão foi publicada nesta terça-feira, 15, e impacta diretamente uma das delações mais emblemáticas da força-tarefa. Youssef havia sido condenado a mais de 120 anos de prisão após confessar envolvimento em um amplo esquema de corrupção.

Com a decisão, ficam anuladas todas as condenações, restrições de liberdade e medidas econômicas impostas ao doleiro. Segundo a defesa, o julgamento encerra as pendências judiciais contra Youssef e abre caminho para a recuperação de seu patrimônio. Outros investigados com base na colaboração do doleiro também podem ser beneficiados, como o ex-presidente Fernando Collor.

Nos depoimentos, Youssef relatou que operava um serviço de entrega de propinas a políticos do PT, PMDB e PP, por meio de contratos com empreiteiras ligadas à Petrobras. Ele também afirmou que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sabiam das irregularidades.

Toffoli declarou nulos todos os atos praticados contra o doleiro no âmbito da Lava Jato e afirmou que houve conluio entre a acusação e o então juiz Sergio Moro, o que comprometeu as garantias fundamentais de defesa. Na avaliação do ministro, houve violação ao devido processo legal.

A decisão se soma a outras já tomadas por Toffoli que fragilizam os pilares da Lava Jato. Nos últimos meses, ele também anulou acordos de leniência firmados por empresas como Odebrecht e J&F com o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União. Tais acordos, segundo o magistrado, foram firmados sob coação e mediante irregularidades processuais.

Com isso, empresas e executivos ficaram desobrigados de cumprir obrigações financeiras bilionárias e os documentos e provas oriundos desses acordos perderam validade jurídica para uso em novos processos. Os valores envolvidos nos acordos de leniência superam R$ 15 bilhões, sendo que cerca de R$ 8 bilhões ainda estão em aberto junto à CGU.

Ministro do Supremo Dias Toffoli anula atos da Lava Jato contra o doleiro Alberto Youssef
.

PUBLICIDADE