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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (20) o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, em substituição a Márcio Macêdo (PT). A nomeação será publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (21).
A troca ocorre às vésperas da viagem de Lula à Ásia e marca a 13ª mudança ministerial desde o início do terceiro mandato. Segundo o Planalto, a decisão faz parte da estratégia de reorganização política para as eleições de 2026, com foco em fortalecer a mobilização popular e o diálogo com movimentos sociais.
Boulos participou nesta segunda-feira da cerimônia de lançamento do programa Reforma Casa Brasil, no Palácio do Planalto, ao lado de ministros e representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), grupo do qual é um dos principais líderes. Após o evento, Lula reuniu Boulos e Macêdo, acompanhado dos ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social), para oficializar a mudança.
Nas redes sociais, o novo ministro agradeceu a confiança do presidente: “Minha principal missão será ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”, declarou Boulos.
Formado em Filosofia pela USP, Boulos é reconhecido por sua atuação em pautas sociais ligadas à moradia e direitos humanos. Foi candidato à Presidência em 2018 e à Prefeitura de São Paulo em 2020 e 2024.
A presença do deputado no ministério é vista como uma tentativa de Lula de reconectar o governo à base social da esquerda e ampliar a presença do PSOL na Esplanada, o partido já comanda o Ministério dos Povos Indígenas, com Sônia Guajajara.
“Minha grande escola de vida e de luta foi o movimento social brasileiro, e levarei esse aprendizado agora ao Planalto. A confiança do presidente será honrada com muito trabalho”, afirmou o novo ministro.
A Secretaria-Geral da Presidência é responsável pela interlocução do governo com movimentos sociais e pela articulação de políticas de participação popular.
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