O governo federal já desembolsou mais de R$ 1,084 bilhão em recursos públicos para ressarcir aposentados e pensionistas vítimas de descontos indevidos em benefícios do INSS. O pagamento, autorizado por Medida Provisória de julho, beneficia cerca de 1,6 milhão de pessoas.
As fraudes, descobertas pela Operação Sem Desconto da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, ocorreram entre março de 2020 e março de 2025. Empresas de fachada registravam filiações falsas a associações ou sindicatos, o que permitia debitar mensalidades diretamente dos benefícios, sem autorização dos segurados.
Além da devolução, a Advocacia-Geral da União obteve na Justiça o bloqueio de R$ 2,8 bilhões em bens de investigados. A expectativa é que, até a próxima quinta-feira, 1,2 milhão de vítimas sejam indenizadas, conforme acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal.
O escândalo envolve aproximadamente R$ 6,3 bilhões em descontos suspeitos desde 2019. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo “desmontou o esquema criminoso” e vai buscar que os responsáveis ressarçam integralmente os cofres públicos.
A medida, porém, gerou críticas de opositores que questionam o uso de dinheiro dos contribuintes para cobrir o rombo antes de recuperar valores dos fraudadores. O Ministério da Previdência diz que a prioridade é reparar rapidamente as perdas sofridas pelos beneficiários, enquanto as ações judiciais contra os envolvidos seguem em andamento