Adam Smith-Connor, ex-militar e pai de dois filhos, foi considerado culpado por violar uma Ordem de Proteção do Espaço Público (PSPO) ao orar silenciosamente perto de uma clínica de aborto em Bournemouth, Inglaterra. A sentença, emitida pela juíza Orla Austin, condenou Smith-Connor a pagar 9 mil libras em custas judiciais e o colocou em liberdade condicional por dois anos.
A decisão se baseia na interpretação rigorosa do artigo 4a da PSPO, que proíbe manifestações em áreas próximas a clínicas de aborto, incluindo protestos e orações. Smith-Connor foi acusado de rezar em silêncio atrás de uma árvore, com a cabeça baixa e as mãos entrelaçadas. A juíza entendeu que sua oração podia ser percebida como um ato de desaprovação às atividades da clínica.
Smith-Connor expressou tristeza com o veredito: “Hoje é um dia sombrio e perigoso para nossa nação. O governo agora investiga os pensamentos das pessoas.” O advogado de defesa, Jeremiah Igunnubole, classificou a decisão como um marco perigoso: "Um homem foi condenado pelo conteúdo de seus pensamentos — suas orações a Deus — em via pública."
A repercussão foi imediata, com figuras públicas, como a ex-deputada Miriam Cates, criticando o uso de recursos públicos em um caso de "crime de pensamento". O membro mais antigo do Parlamento, Sir Edward Leigh, também expressou indignação: "É vergonhoso que, em 2024, alguém seja processado por orar silenciosamente."
Smith-Connor pretende recorrer da decisão.
Fonte: Gazeta do Povo | Por Patricia Gooding-Williams, Traduzido por Rafael Salvi La Nuova Bussola Quotidiana