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Editorial

BOLSONARO E OS CARAS-PINTADAS

Movimentos de esquerda organizam para o dia 23/03 uma manifestação pedindo a prisão do ex-presidente

Redação Pedra Azul News

29/02/2024 - 00:00:00 | Atualizada em 29/02/2024 - 13:41:15

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Reprodução Instagram @adireitafaz

Segundo uma pesquisa do Quaest Consultoria e Pesquisa, Bolsonaro saiu mais fortalecido depois do ato político ocorrido no último domingo (25) em que uma multidão de seus apoiadores tomou a Avenida Paulista.

Em contrapartida, movimentos de esquerda organizam para o dia 23 de março uma manifestação pedindo a prisão do ex-presidente. Segundo Rud Rafael, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, “as provas já estão colocadas” e, por isso, pede a punição de “todos que tiveram envolvimento com essa tentativa de golpe”, conforme noticiado pelo jornal Gazeta do Povo. O ato deve acontecer nas 27 capitais do país e é organizado pela Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, além de contar com apoiadores do PT, PCdoB e PSOL.

Essa atitude de tentar contrapor o ato pró-Bolsonaro pode ser um baita tiro no pé dos próprios organizadores.

Olhando para a História recente de nossa República, o atual contexto lembra por alto uma situação ocorrida no Governo Collor. Naquela ocasião, o então presidente, num ato depois por ele mesmo reconhecido como impensado, convocou uma manifestação para que os brasileiros pendurassem fitas das cores da bandeira nacional em apoio a sua pessoa.

Collor já estava fragilizado em termos de popularidade e, se aproveitando desse fato, a esquerda convocou uma manifestação nacional que ficou conhecida como os caras-pintadas – as cores verde e amarelo, ao contrário de servir como apoio, foram usadas para impulsionar o processo de impeachment do presidente.

Hoje, o cenário é bastante parecido, com suas peculiaridades. Como pontos similares, há um presidente bastante fragilizado (Lula), com um processo de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados, uma mega manifestação em favor de seu opositor (Bolsonaro) e uma convocação de um ato por apoiadores da situação. A esquerda tem acumulado um histórico de fracassos em convocações de atos em massa quando comparados com os da direita bolsonarista. Somados, esses ingredientes apontam para algo bastante indigesto para os simpatizantes da canhota.

Obviamente que Lula, muito mais esperto que Collor, não se meteu a besta de convocar ele mesmo a manifestação. Seria o seu fim. No entanto, o ato previsto para o próximo dia 23 promete ser mais um dos tantos fiascos que a esquerda coleciona, enfraquecendo ainda mais a pessoa de Lula.

Logo a esquerda que tanto se gaba por ter “estudado História” parece com ela não ter nada aprendido.

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