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Economia

Tesouro Nacional anuncia que Brasil emitirá títulos soberanos de 5 e 30 anos no mercado externo

Operação pode aumentar custo futuro, dívida nacional e dependência do capital estrangeiro.

Redação Pedra Azul News

04/09/2025 - 00:00:00 | Atualizada em 03/09/2025 - 23:25:50

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O Tesouro Nacional anunciou nesta terça-feira (2) seu retorno ao mercado internacional com a emissão de títulos soberanos em duas modalidades. A operação prevê papéis com vencimento em 2030 (5 anos) e uma nova nota de 30 anos, com vencimento em 2056. Além disso, haverá a possibilidade de troca ou recompra de títulos atualmente em circulação, com prazos entre 2037 e 2054.

Esses títulos são papéis de dívida que o governo vende para investidores estrangeiros, em troca de recursos agora, comprometendo-se a pagar no futuro com juros. É uma forma de captar dinheiro fora do país. Setores críticos dizem que o movimento pode ser lido como sinal de fragilidade fiscal interna, já que o país recorre ao mercado externo para equilibrar as contas.

De acordo com o comunicado oficial, a operação tem como objetivo reforçar a gestão da dívida pública, ampliar a base de investidores internacionais e estender o perfil de vencimento dos papéis brasileiros. A medida também busca consolidar a presença do país no mercado externo, mantendo a liquidez dos títulos e criando novas referências de prazos longos.

A coordenação da emissão será conduzida por três instituições financeiras de peso no cenário global: Bank of America, Itaú BBA USA e JP Morgan.  

A iniciativa representa o primeiro movimento de captação externa do Brasil em 2025, em um contexto de expectativa em relação às taxas de juros internacionais e à percepção de risco dos investidores. Segundo analistas, operações desse tipo funcionam como termômetro do apetite do mercado por ativos brasileiros e podem influenciar diretamente o custo de captação do país nos próximos anos.

Críticos apontam que o Brasil está se endividando mais em dólar, o que expõe o país a riscos de variação cambial. Em momentos de alta do dólar, o custo para pagar essa dívida pode subir muito. Analistas lembram que países emergentes, como o Brasil, normalmente pagam juros mais altos para captar recursos.

Também há quem questione se esse tipo de operação não gera uma “dependência política” maior do Brasil com relação a bancos e investidores estrangeiros. Na prática, a dívida continua crescendo, e a conta será paga no futuro com mais juros.

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