Clique aqui
No dia 8 de maio de 2025, o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, que assumiu o nome de Papa Leão XIV, tornando-se o 267º sucessor de São Pedro e o primeiro papa da Igreja Católica nascido nos Estados Unidos. Viveu grande parte de sua missão no Peru, onde também possui cidadania.
O novo Papa, Leão XIV, chegou hora oportuna para a Igreja Católica. Moderado, mas firme; discreto, mas plenamente consciente da autoridade que carrega, sua eleição reacende a esperança de uma condução clara, sem autoritarismo, mas com autoridade. Ao dizer "convosco sou cristão, mas para vós sou Bispo", mostrou que sabe governar - sem tirania, mas com clareza.
A reputação de bom administrador torna-se ainda mais relevante diante da grave crise financeira que assola o Vaticano. Mas o novo pontífice também já demonstra zelo pela doutrina e pela liturgia: restaurou o uso das tradicionais vestes papais, reafirmou a fé na promessa de Cristo — "o mal não prevalecerá" — e recolocou o papado como expressão visível do munus petrino, ou seja, do encargo confiado a Pedro e seus sucessores.
Ainda como cardeal, Robert Francis Prevost ficou conhecido por posições firmes frente a temas sensíveis. Como bispo no Peru, posicionou-se contra a ideologia de gênero nas escolas, afirmando que ela "cria gêneros que não existem", e condenou tanto o estilo de vida homossexual quanto as "famílias alternativas" e reafirmou a impossibilidade da ordenação de mulheres.
A escolha do nome Leão XIV, anunciada em 08 de maio — dia da aparição de São Miguel Arcanjo no Monte Gargano, em 490 — carrega simbolismo. O Papa Leão XIII (1878–1903), que teve uma visão dos demônios atacando a Igreja, compôs a oração de exorcismo a São Miguel Arcanjo (veja a oração clicando aqui). A referência pode indicar a disposição do novo pontífice para o mesmo combate espiritual e moral. Assim como Leão XIII, o atual Papa dá sinais de querer uma Igreja atenta às dores do mundo, mas sem abrir mão de sua identidade, valores e missão de construir pontes e defender a dignidade humana.
Quando cardeal, durante discurso aos bispos do Peru, Leão XIV foi contundente: "A formação sacerdotal não deve ser moldada por tendências culturais, pelo politicamente correto ou pelo espírito de permissividade. Ela deve ser formada no fogo da verdade, da castidade, do auto-sacrifício e do amor eucarístico. O sacerdote não é chamado para 'afirmar identidades', mas para converter almas. Ele não é chamado para abençoar uniões pecaminosas, mas para chamar os pecadores ao arrependimento."
E concluiu: "O mundo precisa de sacerdotes santos — não de gerentes. A formação deve ter como objetivo a santidade, não apenas a competência."
HISTÓRIA
Nascido em Chicago, em 1955, Robert Prevost ingressou na Ordem de Santo Agostinho — congregação fundada por Santo Agostinho, doutor da Igreja — e professou seus votos solenes em 1981. No ano seguinte, foi ordenado sacerdote em Roma.
Apesar de sua origem norte-americana, foi na América Latina, especialmente no Peru, que Prevost viveu grande parte de sua missão sacerdotal. Atuou como formador, juiz e pároco nas áreas mais carentes da região de Trujillo. Sua profunda ligação com os povos latino-americanos lhe rendeu o reconhecimento como “pastor de duas pátrias”.
DE MISSIONÁRIO A PREFEITO DOS BISPOS
Após liderar sua província agostiniana, Robert Prevost foi eleito Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho, função que exerceu por dois mandatos consecutivos entre 2001 e 2013. Em seguida, foi nomeado bispo no Peru e, posteriormente, elevado por Papa Francisco ao estratégico cargo de Prefeito do Dicastério para os Bispos — órgão responsável pela nomeação de bispos em todo o mundo.
No cargo, desempenhou uma atuação discreta, porém decisiva. Sua visão sobre o episcopado é clara: “O bispo não é um pequeno príncipe sentado no seu reino, mas um pastor que caminha com o povo.”
A primeira bênção: paz, caridade e sinodalidade
Em sua primeira aparição como Papa, Leão XIV dirigiu palavras de ternura e profundidade à Igreja, revelando os pilares de seu pontificado: “Queremos ser uma Igreja sinodal, missionária, que constrói pontes, que busca sempre a paz, a caridade e está próxima de quem sofre.”
O PAPA DA UNIDADE E DO AMOR
Com a simplicidade dos santos e a firmeza dos grandes pastores, Leão XIV convocou o povo de Deus a seguir em frente, “sem medo, unidos, de mãos dadas com Deus.”
E deixou um apelo claro à comunidade católica e ao mundo: “Somos discípulos de Cristo. O mundo precisa da sua luz. Ajudem-nos a construir pontes também vocês, com diálogos, com encontro, para sermos um único povo, sempre em paz.”
VISITA AO BRASIL
Robert Francis Prevost esteve no país em diferentes ocasiões, principalmente durante o período em que atuou como prior geral da ordem dos agostinianos.
O Santo Padre visitou o Brasil algumas vezes, esteve em São Paulo, nas cidades de São José do Rio Preto, Campinas e no Santuário da Nossa Senhora de Aparecida, além de ter visitado a capital paulista e o colégio Agostiniano Mendel.
