São Paulo e Pernambuco enfrentam casos de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica, associada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Até 1º de outubro de 2025, foram registradas seis mortes no estado de São Paulo, sendo uma delas confirmada por consumo de bebida adulterada. As outras cinco seguem em investigação. Além disso, 37 casos de intoxicação foram notificados, com 10 confirmados por metanol no sangue e 27 em análise.
Em Pernambuco, três casos suspeitos de intoxicação por metanol foram registrados, dois dos quais resultaram em óbitos. O terceiro paciente recebeu alta com perda de visão bilateral como sequela.
As vítimas apresentaram sintomas como dor abdominal, visão turva, náuseas e confusão mental, entre 12 e 24 horas após ingestão. Em casos graves, o metanol pode causar danos irreversíveis ao cérebro, fígado e nervo óptico, podendo levar à morte.
Em resposta, os governos estaduais montaram gabinetes de crise e interditaram estabelecimentos suspeitos de comercializar bebidas adulteradas. Em São Paulo, foram apreendidas mais de 800 garrafas de bebidas sem procedência, e sete casos de intoxicação já foram confirmados, com cinco mortes em investigação. Em Pernambuco, as autoridades locais estão conduzindo investigações semelhantes.
Investigações indicam que o metanol utilizado pode ter sido desviado de operações ilegais de adulteração de combustíveis, com envolvimento de organizações criminosas. A Polícia Federal está conduzindo as apurações, com apoio da Anvisa e Receita Federal.
O Ministério da Saúde emitiu alerta nacional, orientando profissionais de saúde a notificarem imediatamente casos suspeitos ao Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). A recomendação é que a população adquira bebidas alcoólicas apenas em estabelecimentos confiáveis, verificando a presença de lacres de segurança, rótulos legíveis e informações como CNPJ, número de lote e data de validade.