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As despesas do governo federal com diárias, passagens e locomoções atingiram R$ 789,1 milhões entre janeiro e março de 2025, o maior valor já registrado para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 2011. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional no relatório do resultado primário de março. O aumento real, já descontada a inflação, foi de 29,1% em comparação com o mesmo período de 2024, quando os gastos somaram R$ 611 milhões.
Do total, R$ 449,1 milhões foram utilizados exclusivamente com diárias, valor que supera o recorde anterior, registrado em 2014, durante o governo Dilma Rousseff, que foi de R$ 417,5 milhões. Os gastos com passagens e deslocamentos chegaram a R$ 340 milhões, também acima do último pico, de R$ 311,3 milhões.
O crescimento das despesas ocorre em um contexto de intensificação das viagens internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, somente em março, esteve em compromissos no Japão e no Vietnã. Até o fim de abril, Lula havia passado 98 dias fora do Brasil desde o início do atual mandato. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, também tem participado ativamente das agendas internacionais.
Em comparação com os três primeiros meses dos anos de 2023, 2024 e 2025, o gasto total com viagens do governo Lula já alcançou R$ 2 bilhões — valor 52,1% superior ao mesmo período dos anos finais do governo Bolsonaro, que totalizou R$ 1,3 bilhão. O aumento expressivo também está relacionado à ampliação da estrutura ministerial: o número de ministérios subiu de 23 para 38.
