m levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indica que o salário mínimo necessário para atender às despesas básicas de uma família brasileira deveria ser de R$ 7.075,83 em setembro de 2025, mais de quatro vezes o valor atual, fixado em R$ 1.518.
De acordo com o estudo, o cálculo considera o custo da cesta básica mais cara do país, registrada em São Paulo, além de outros gastos essenciais, como moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em janeiro deste ano, o valor estimado pelo Dieese era ainda maior, chegando a R$ 7.156,15. Apesar do reajuste de R$ 106 no salário mínimo em relação a 2024, quando o piso era de R$ 1.412, o órgão destaca que o montante atual não cobre sequer um quarto das despesas essenciais de uma família de quatro pessoas.
“Com base na determinação constitucional de que o salário mínimo deve garantir todas as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, o Dieese estima mensalmente o valor necessário. Em setembro de 2025, o montante ideal deveria ter sido de 4,66 vezes o salário mínimo vigente”, aponta o relatório.
Em comparação, em setembro de 2024, o valor necessário era de R$ 6.657,55, equivalente a 4,71 vezes o piso de então.
O governo federal propôs, no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, um salário mínimo de R$ 1.631, o que representa alta de 7,44% em relação ao valor atual. A proposta supera ligeiramente o número previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que indicava um mínimo de R$ 1.630.
O Congresso deve votar o PLOA até quatro meses antes do fim do exercício financeiro, e a sanção presidencial precisa ocorrer até 22 de dezembro.
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