Na última quinta-feira (29), a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) informou que a morte que estava sendo investigada e dois casos suspeitos, no município de Itapemirim, tiveram resultado positivo para a doença causada pela bactéria do gênero "rickettsia", transmitida pela picada do carrapato. Os casos acenderam o alerta para a doença.
Desde então, foram seis casos notificados e, em apenas oito dias, o estado já registrou três mortes. Duas pessoas morreram em Itapemirim e uma jovem de 23 anos veio a óbito, no último dia 5, em Mimoso do Sul.
Pelas redes sociais, a Prefeitura de Mimoso do Sul emitiu um comunicado confirmando a morte da jovem e destacou que "a vigilância epidemiológica está em processo de investigação, busca ativa de possíveis novos casos e orientação a todos que frequentam a área de ocorrência da transmissão".
A primeira morte em Itapemirim foi de um homem. A segunda vítima, no mesmo município, foi Ana Carolina Batista que teve danos cerebrais gravíssimos causados pela doença do carrapato. Já em Mimoso do Sul, a jovem de 23 anos teria começado a passar mal após ter tirado um carrapato entre os dedos do pé. Segundo informações de A Gazeta, a jovem deixa um filho de 4 anos e uma filha de 2 anos e meio.
De acordo com informações da Sesa, no Brasil, os principais vetores e reservatórios são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. cajennense, A. cooperi (dubitatum) e A. aureolatum. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode ser reservatório, por exemplo, o carrapato do cão, Rhipicephalus sanguineus.
A Secretaria de Saúde esclarece que os equídeos (cavalos, burros), roedores como a capivara, os marsupiais como o gambá e o cão têm importante participação no ciclo de transmissão da febre maculosa. Porém, não há estudos suficientes que comprovem o envolvimento destes animais como reservatórios ou amplificadores de riquétsias, assim como transportadores de carrapatos potencialmente infectados.
Nos humanos, a febre maculosa brasileira (FMB) é adquirida pela picada do carrapato infectado com riquétsia, e a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas. A doença do carrapato não passa de uma pessoa para outra.
Os principais sintomas são:
-Febre alta;
-cefaleia;
-mialgia intensa;
-mal-estar generalizado;
-náuseas;
-vômitos;
-dor abdominal;
-Edema de membros inferiores;
-Manchas vermelhas pelo corpo.
Os sintomas levam de sete a dez dias para se manifestar e o tratamento deve começar imediatamente para que as medicações surtam efeito.